Eu sou negão, NÃO SOU DO GUETO.

Ontem, dia 20 de julho de 2009, houve uma oficina na CIPÓ, sobre o que é “Racismo”, e eu não imaginava a grandeza do significado de tal palavra.
Logo de inicio assistimos um vídeo relatando a dura realidade que estar por traz do lindo carnaval de salvador. O vídeo consegue mostrar em uma mesma avenida dois mundos completamente diferentes unidos em um só.
De um lado, os negros e pobres puxando corda, apanhando de policiais, sendo humilhados, vendendo mercadorias ou brigando.
Do outro lado, pessoas brancas, de classe média alta, se divertindo nos seus blocos caros nas suas roupas de grife.
A primeira questão é, por quê?
Mesmos depois de tantos anos, mesmo com tantas mudanças, mesmo o negro conquistando seus espaços pouco a pouco a porcentagem dessas mudanças ainda é muito baixa, e porque será?
Primeiro, por conta de todo um contexto histórico que a nossa sociedade insiste em seguir, a partir disso vem o preconceito, com o preconceito a discriminação e com ela se apaga as oportunidades de melhoria de vida para nos negros.
Mais será que é só isso?
Não, não é! Negro ao em vez de estudar para se destacar nos espaços, prefere se acomodar com essa cruel realidade indo pro lado mais fácil (ou o mais difícil). Poucos são os negros que decidem dar a volta por cima e reverter esse quadro. Será que ser negro é deixa os cabelos crespos aparecerem e andar com roupas estilo áfrica? Não, pra mim não mesmo, não pelo fato de eu alisar os cabelos, mais pelo simples fato que isso não afeta a personalidade de um individuo (depende do individuo) , pois isso ia ser só mascara, mais sim, pode ser também que seja pra estar mais próximos da fisionomia dos brancos, mais será que essa é a forma de mudar esse quadro? Sem estudo? Sem força de vontade? Colocando um black e gritando: EU SOU NEGÃO EU SOU DO GUETO E VC QUEM É? Pois isso é um gosto e não ser negro.
Temos que lutar para adquirir conhecimento e sabedoria, e não aparência, pois esse é o motivo e tanta dor, e sofrimento.
Afinal quem é o presidente do país mais importante do mundo?
E não foi a aparência dele que fez a diferença (mais causou polemica é claro), e sim sua força de vontade de ser alguém, e sua capacidade de ter chegado ao seu propósito.
Talvez eu esteja equivocada nos meus conceitos ou não, mais se eu não fosse assim que exemplo de negra eu seria? A de que tirar conclusões impostas por pessoas como se fosse um assunto de matemática? Não, eu sou negra, eu sou capaz, eu tenho a minha PERSONALIDADE formada independente de influencia de sociedade, de mãe de pai ou não.

Ailana Santos,